Asgard - A saga dos nove reinos

Asgard - A saga dos nove reinos

2011-03-18 19:10


Natasha a vampira...

Natasha a vampira...
à espreita, esperando os desavisados...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

As Vampiras Piratas

-Como tudo aconteceu?

-Não sei... foi tudo muito rápido. -respondeu Letícia mecanicamente.

-Eram muitos?

-Não... apenas três, mas tomaram conta do navio inteiro.

-E sua família?

-Também não sei... não pude mais voltar pra casa... não desse jeito.

-Faz quanto tempo?

-Hum... 330 anos... desde então estamos aqui, presas a essas águas tendo como casa apenas esse navio... mais alguma pergunta?

-Sim... e eu gostaria que sua resposta fosse "sim".

-O que é?

-Me transforma.. . deixa eu seguir pela eternidade contigo...

-O que te atrai nisso? "Eternidade" ... por que é tão... fascinante pra você?

-Por que eu poderia viver pra sempre ao seu lado.

-"Pra sempre"... é muito tempo!Letícia fitou Jonas por um longo tempo, ele era um ótimo amigo e passaram momentos maravilhosos, mas daí a transformá-lo era um enorme "se"... o que aconteceria se ela o transformasse? E se tudo desse errado? E se ele virasse um assassino implacável dando trabalho? Sem limite nenhum? Isso poderia trazer-lhe consequências e Letícia queria continuar anônima, sem chamar a atenção para não haver problemas. E logo Greg lhe veio à cabeça, um ótimo homem, amante sem igual, mas que ao ter o poder nas mãos quase os destruiu atraindo atenção desnecessária, isso culminou na morte de sua querida amiga, Manuelle... os caçadores pegaram-na pelas costas e degolaram-na de surpresa. Isso quase destruiu Letícia, mas ela superou e após ter dado fim à sua criação, despediu-se de Greg jogando-o no mais profundo oceano, e fez questão de esquecê-lo logo, prometendo para si mesma nunca mais confiar em alguém, poderia até amar novamente, mas trazer mais alguém para sua condição, isso nuncamais... decidiu que se amasse, seu amor duraria o tempo humano e depois ele seria lembrado com muito carinho, apenas lembrado.

Mas após tanto tempo o destino pregou-lhe uma nova peça, Letícia havia conhecido Jonas num dos portos onde pararam para se alimentar, apenas algumas palavras trocadas e o convite logo foi dado para que ele embarcasse, mas Letícia tinha certeza que ele não duraria mais que uma noite e com essa já faz um mês que estão juntos... ela não pensava em se ligar a mais ninguém, mas tudo foi mais forte, a simpatia, o companheirismo e aquele sorriso, tudo supria as carências da vampira... as amigas retrucaram, mas Letícia era muito respeitada e ao passo que todos os outros convidados encontravam o descanso nas cálidas águas, mas Letícia confiava em Jonas, até que ele descobriu seus segredos e por fim ela desabafou, para ele agora a vida também seria naquele lugar, pois após uma confissão tão macabra, ele sabia que não deixariam ele partir.Ao invés do rapaz sentir medo ele sentiu fascínio, ao invés dele querer fugir, ele optou por se ligar ainda mais à vampira, tanto que o pedido veio num rompante e deixou-a surpresa... mas a dádiva é diferente para cada um, o exemplo do Greg foi suficiente e Letícia não queria passar por tudo de novo, na dúvida, era melhor deixar tudo como estava, mas ele insistiu...

-Por que não? Você não me ama?

-Amor?? Não posso negar que você tornou-se especial, tanto que não posso torná-lo um vampiro... infelizmente meu querido, você como todo mortal, pode ter a certeza que um dia vai morrer e eu continuarei carregando meu fardo.

-Mas você transformou todas as outras, por que não eu? Por que sou homem?

A vampira sorriu diante da inocente ignorância de Jonas, e explicou...

-Jonas meu querido... aí você se engana, nós somos filhas do mesmo senhor, todas nós fomos transformadas na mesma época e à mim foi dado o título de capitã mediante meu merecimento. .. apenas isso.

-E ele... esse senhor... vem visitá-las? Ele vem com que frequência vê-las?

-Nenhuma... nunca veio, as vezes me sinto observada, mas deve ser só impressão.

-Minha nossa! Como vocês aguentam essa vida?

-Nos acostumamos. .. aceitamos... apenas isso.

-Você poderia me contar como foi que tudo aconteceu? Como "na época" vocês encararam o mal?

-Mal? Então é isso o que pensa de mim? Que sou o mal? -a mulher estranhou um pouco a pergunta, mas afastou o pensamento.

-Não, me desculpe... pequei na maneira de falar... mas... poderia me contar?

-Vamos ver... por onde eu começo... Era uma vez... ha ha ha, me desculpe, bom, deixa eu pensar...

Os dois conversavam enquanto o sol ainda estava quente iluminando tudo, o navio estava atracado numa ilha segura, todas as vampiras estavam recolhidas no interior do navio que fora forrado com peles para vetar a entrada do sol.

Letícia e Jonas estavam nos aposentos que eram destinados à ela, a capitã, que também havia sido cuidadosamente forrado com peles de animais.Enquanto Jonas bebia vinho, ela contava-lhe toda sua história... apesar de não gostar de relembrar o tudo de bizarro que havia acontecido, mas não se importou em contar e começou.

Bom... naquele dia, o dia da minha viagem finalmente sem meus pais, eu estava muito feliz, havia acabado de completar 19 anos e juntamente com algumas amigas, concordamos em conhecer algumas ilhas por um período de 6 meses, na verdade, eu nem sabia como meus pais haviam concordado, era um verdadeiro milagre... enfim chegou o dia, estava lindamente ensolarado, lembro também de muitos pássaros, tudo estava perfeito e quando eu retornasse iria me casar com um jovem príncipe que eu ainda não conhecia... e nem conheci... as vezes me pego imaginando como ele deveria ser...

-Você era uma princesa?

-Sim... era... há muito tempo...Meus pais haviam contratado homens de confiança para o navio... e as minhas amas também vieram... todas foram cruelmente massacradas, até hoje lembro de seus gritos...

-Quantas amas eram?

-Catorze.

-E quantas amigas vieram com você?

-Doze... as mesmas que continuam comigo ainda hoje, menos Manuelle... vítima da minha inocente burrice.

-falou fechando os olhos...

-posso continuar?A vampira perguntou num tom de brincadeira e Jonas consentiu com a cabeça.

O dia chegou e tudo estava sendo cuidadosamente arrumado, o capitão já tinha marcado no mapa todas as ilhas que visitaríamos, não era uma viagem tão longa, apenas seis meses, tudo havia sido conferido e arrumado, nos despedimos de todos e embarcamos.. . passamos um mês muito bem, atracamos em lugares com ótimas pousadas, tudo era novo e curioso... estava feliz e escrevia num diário tudo que se passava, para que quando voltasse, mostrar as anotações para meus pais e todos que haviam ficado.

Na última cidadezinha que atracamos conheci um jovem e ele tinha dois amigos, quando chegamos eles estavam conversando e ao me ver um deles veio me cumprimentar. .. achei-o cavalheiro, ele era educado e gentil e pediu-nos para seguir viagem conosco... minha resposta foi instantânea, dei um “não” da melhor maneira, pois uma coisa nele me incomodou muito, o fato dele me encarar diretamente nos olhos, causou-me arrepios.

Ele continuava a me encarar e insistia na pergunta, tanto que me irritei e saí, quando olhei para traz para ver se me seguia notei que ele estava espantado com algo, falando com os amigos que também estavam com caras estranhas. Eu não queria mais vê-lo... nunca mais cruzar com ele, mas na hora de voltar ao navio, vi gente estranha rodeando o local e o embarque de umas enormes caixas... corri até o capitão que sorridente conversava com aquele estranho misterioso, perguntei atordoada o porque do capitão estar agindo daquela forma já que aquela era uma viagem estritamente particular e ele me falou que no próximo porto eles desceriam, que era uma carona rápida... eu retruquei, reclamei muito, mas o capitão não mudou de idéia e com um sorriso maliciosamente cínico, aquele homem e seus amigos embarcaram.

Eu até pensei em não seguir viagem, mas fui vencida por todos... todos pareciam encantados com aqueles três... todos... menos eu... lá no fundo do meu coração eu sabia queaquilo era encrenca.

Subi no navio e falei duramente ao capitão que quando retornássemos eu contaria tudo para meu pai, mas nem aquilo pareceu abalar o ânimo repentino do capitão antes conhecido como rabugento, mas muito competente.. . bom, depois daquilo eu duvidava de sua competência, eu estava realmente indignada.

Me recolhi aos meus aposentos e deixei todos os outros com suas cordialidades para lá, eu queria chegar logo ao próximo porto e acabar com aquele pesadelo. As minhas amigas, as amas e os homens estavam de tal modo fascinados que até parecia que estavam enfeitiçados, mas essa hipótese deixei pra lá, não acreditava no sobrenatural.

Que ironia não é?-

E eles atacaram naquela mesma noite?

- Sim... estranhamente o capitão só quis viajar à noite, e eu nem desconfiei, quando não os vi durante o dia.

Naquela mesma noite eles atacaram, travaram minha porta pelo lado de fora e tudo o que ouvi foram gritos desesperados, era um misto de dor e agonia... eu bati na porta, gritei, tentei de todas as formas abri-la, mas não consegui... quando o sol estava para nascer os gritos cessaram, amanheceu e ninguém veio... gritei algumas vezes, mas logo desisti e esperei... o dia passou e quando anoiteceu ele veio até mim... aquela criatura monstruosa, ele parecia com o estranho que havia conhecido, mas suas feições estavam duramente mudadas, o medo logo se apossou de mim, e comecei a gritar por socorro, mas aquela coisa disse que todos estavam mortos e pelo jeito dele constatei que aquilo era verdade, suas roupas estavam ensangüentadas, o navio naquele momento parecia abandonado.

Não sei como não fiquei histérica, eu pensei que a morte havia chegado e estranhamente não consegui pensar em nada, eu estava em frente ao meu algoz e não poderia medir forças com ele, então desisti, não tinha como lutar, acabei dando minha vida facilmente para o demônio.Ele me atacou , me mordeu, seus dentes entraram tão fundo na minha carne que não tive dúvidas do resultado, depois de um momento enquanto ele bebia meu sangue, comecei a ficar fraca e logo estava perdendo os sentidos, despedi-me de meus pais mentalmente e morri... bom, era isso que eu achava, pensei que havia morrido, mas logo comecei a recobrar a consciência como quem volta de um desmaio, até pensei que tudo havia sido um pesadelo, mas ao acordar, vi o mesmo monstro na minha frente, ele havia me dado algo para beber, algo viscoso, mas na hora não percebi o que era por que ainda estava tonta, abalada e confusa... minha visão latejava e meus ouvidos pareciam captar até o mínimo ruído, tudo ao mesmo tempo, agonia... Desespero... e aquele monstro na minha frente falando que eu agora era uma vampira... logo pensei que estava perdida, que aquele homem era um louco e que havia também me enlouquecido.

Ele saiu do meu quarto, demorei um tempo e fui procurar alguém antes que ele retornasse.. . mas me arrependi amargamente. .. para todo canto que eu olhava, tinham corpos ou pedaços deles.

Os homens haviam sido brutalmente assassinados e alguns até esquartejados, minhas amas também, mas não avistei no meio de todo aquele horror, as minhas amigas.Andei até o convés e quando cheguei lá o meu espanto foi maior, elas estavam diferentes, também ensangüentadas e os dois amigos daquela criatura se “divertiam” com elas... foi uma cena grotesca.Quando olhei para cima, estava o estranho... sozinho... admirando todo aquela cena... devagar fui até ele, eu queria entender tudo aquilo e só ele poderia me explicar, estávamos no meio do oceano e não tinha nada à vista e à noite também não dava pra ver muita coisa.Perguntei quem era ele e ele me falou que era meu senhor... senhor de quê? – Perguntei... e ele falou: das trevas... perguntei também o que estava acontecendo, e ele falou que era um vampiro e que os amigos dele também eram... e que ele havia nos transformado. .. demorei pra acreditar, mas ele acabou me convencendo após me alertar que eu não estava mais respirando, que meu coração não batia mais e que minhas lágrimas eram desperdício de sangue.

Fiquei pensando naquilo tudo e meus caninos cresceram quando ele cortou o braço e me mostrou o sangue que pingou... e dali em diante perdi as esperanças de ver meus pais... não retornaria daquele jeito para casa, o que falariam de mim? Resolvi deixá-los no meu passado, até tentei vê-los algumas vezes, mas fiquei de longe e o pior era não conseguir sofrer de saudade, algo em mim tinha mudado e eu havia me desapegado de todos que amava.

- Eles ficaram quanto tempo com vocês neste navio? – Perguntou curioso.

- Muito tempo... alguns anos... não sei quantos.

Mesmo após tentar matá-lo algumas vezes, ele ria e dizia que perdoava a brincadeira. .. até que me acostumei com sua presença e quando isso aconteceu, ele foi embora... deixou-me no comando e foi embora, ele e os outros dois.

Depois disso começamos a ter nosso próprio estilo, viramos piratas, saqueamos muitos portos e acumulamos nossa riqueza ao longo dos anos. Aprendi os truques dele, isso era diversão, entrar na mente dos humanos, fazer com que pensassem o que eu queria, brincar com suas vidas, tudo o que ele não conseguiu fazer comigo e por isso ficou atraído por mim a tal ponto de me fazer igual a ele, em todos os portos sempre tivemos visitantes temporários, comida pra ser mais exata, mas não vou negar que me apaixonei algumas vezes e me decepcionei muitas delas, e agora estamos aqui.

- Então! Deixe-me ficar ao seu lado pra sempre.

- Não!- Por favor...- Já disse não! Não vou transformá-lo, eu não faço isso com mais ninguém.

- Então você não me quer... não me ama.

- Mas essa é a prova do meu amor, você terá um lugar para onde ir, depois daqui, o lugar que me foi tirado à força... você tem essa chance.

– A vampira falava secamente, sem aparentar qualquer sentimento.Jonas viu que não tinha jeito, Letícia estava irredutível, o tempo passou e viveram bem alguns anos, mas um dia Jonas não acordou mais, ainda jovem sofreu um mal súbito e descansou, ela notara que o companheiro vinha se queixando de dores, mas nada grave... e tudo aconteceu muito rápido, Jonas finalmente tinha partido; e se foi, sem lamentos, sem penas, apenas um beijo na testa e o fundo do mar... a sua lembrança permaneceria viva na cabeça da vampira e para sempre ele estaria com ela.Depois de tudo, algo inusitado aconteceu, Cloud havia voltado e desta vez sozinho.

Letícia estranhou e perguntou onde ele havia estado... e principalmente porque havia voltado.

- Você foi bem corajosa confiando naquele mortal.

- O quê?- Qual o nome dele mesmo? Jonas?

- Como sabe disso?

- Mal súbito foi? Hum, muito interessante.

- Você o matou!

- Ele já estava durando até demais...

- Por que o matou?

- Burrice sua acreditar em algum humano...

- Seu maldito!

- Não bastou com aquele idiota do Greg?

- O quê?- Por que você insiste em ser tão inocente?

- Maldito!

- Letícia...

- Maldito!!

- Letícia me ouça...

- SEU MALDITO!!!

Após as confissões de Cloud, Letícia havia tido a confirmação de que ele nunca havia se distanciado dela, apenas a deixara para ver se podia ficar sozinha, mas os vampiro ainda notava sua dependência em acreditar nos humanos.Furiosa ela começou a investir contra o vampiro, cheia de raiva... ela estava tomada de ódio por ter sido enganada todo esse tempo.Até que próximo à mesa ela avistou a arma de Jonas, pegou-a com incrível rapidez e despejou toda a munição no vampiro que começou a gritar... Letícia não entendeu porque balas comuns o machucaram e o que pensou ser comum, não eram, a munição tinha solução de alho, água benta e prata... Jonas era um caçador e ela nunca havia desconfiado, pois por respeito nunca tinha tentado ler seus pensamentos. .. o vampiro havia salvado-a e a retribuição que recebera foi perecer nas mãos da mulher que mais amou.Aquilo não o matou logo, fez com que ele se contorcesse por algum tempo jogado no chão, Letícia foi ao seu encontro e quando pensou em Jonas, percebeu que todo aquele tempo que ele havia passado com ela, estava só esperando seu senhor voltar, por isso insistiu tanto em virar um vampiro, para ter mais chances contra Cloud... e talvez até matasse-a depois... por isso tanta curiosidade.Ao ver o engano que cometeu, ela começou a pedir perdão aos prantos... Cloud olhou-a e a única frase que conseguiu falar foi... “infelizmente minha querida, nos vemos no inferno.”... e logo depois morreu sumindo no ar.Imediatamente Letícia e as outras vampiras voltaram à condição humana, instantaneamente envelheceram e foram se decompondo como se estivessem enterradas, Letícia não pôde mais lamentar seu grave erro, o vampiro havia levado todas elas consigo e o mar que agora enfrentariam não seriam mais cálidas águas e sim, sangue fervente e fumegante.



Blood kisses,

Nat Vamp.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Nem mais lembranças

As marcas de uma vida ainda estavam latentes em minha memória até o século passado, ainda lembrava do resquício de uma família aos poucos atormentada e dizimada a sangue frio, a minha família. E a culpa de tudo isso era minha. Tudo porque o procurei... chamei-o várias vezes até que ele me atendeu... chegou como um redemoínho, levou tudo o que eu tinha, deixando-me sozinha na noite, não sei se noite fria pois, nem isso mais eu sentia, meu corpo parecia dormente e eu pensava que havia contraído uma grave doença, estava definhando dia após dia, até que descobri o remédio da minha doença, sangue, tudo por acaso... um assaltante machucou sua vítima com uma enorme faca e o sangue jorrou, eu que estava à espreita comecei a fazer parte do cenário... me alimentei dos dois, praticamente os devorei e depois me senti mal, um nojo se apossou de mim e saí correndo. O que havia me tornado? Um canibal? Não, pior que isso, eu era um monstro... demorei muito tempo para me aceitar, hoje estou mais tranquila, sei o que sou e por vezes me orgulho disso, mas muitas vezes ainda me pego pensando no passado, dois séculos atrás quando eu era humana, talvez mais feliz, livre de condições macabras. Hoje em dia sou uma predadora, uma vampira, necessito de sangue e me alimento do melhor néctar de maldade da sociedade, a escória, devo até ser um tipo de justiceira, pois as ruas estão mais seguras hoje... bom, pelo menos por um lado... mas também sei que não sou boazinha e de vez em quando saio da linha deliciando-me com a inocência... assim, lembro-me do que perdi e parece doer, mas não dói, não tenho mais nada em mim que inspire vida e breve nem lembranças mais. A cada vítima que pego um pouco de minhas recordações vão com ela, esse é o preço, não sei o que será quando elas se acabarem, será que virarei um monstro por completo? Será que matarei sem medida? Não sei o que acontecerá e nisso vou esperando que esta condição não me leve logo ao estágio mais avançado... se tem mais coisas como eu, sinceramente não sei e decididamente não quero encontrar.
Nunca vivi em grupo, pra falar a verdade eu tenho raiva de mim por ser o que sou, de outro então... por isso sou uma solitária. E assim vou atravessando os tempos com um amor novo a cada mordida o que não dura mais que uma noite... é... bem que me disseram que eu teria paixões fulminantes. Por enquanto vou ficando por aqui, neste mausoléu, fazendo compania a essa garotinha, aqui é grande e tenho meu próprio caixão, acho que não tem mais ninguém na família dela para vir para cá e quando estou muito triste, toco seu piano... Gosto quando faço isso, sinto o medo da população ao redor do cemitério, eles ficam me escutando por toda noite, por causa disso este lado onde estou ficou abandonado, as árvores cresceram e ficou sombrio... assim ninguém me perturba... tem até uma lenda na cidade sobre a garotinha... a menina do piano... depois eu soube que ela havia morrido quando estava se apresentando e por isso ele está aqui com ela... que união mórbida e linda! Agora tenho que ir atrás de alimento, pois os caçadores desta época pensam muito devagar, se eles viessem me pegar por causa da lenda, como muitos fizeram, eu não precisaria sair... -Melanie, já volto! Fim.

Nat Vamp
Blood kisses.

Apresentações

Olá pessoal, sou Natasha a vampira, mais conhecida como Naty Vamp, aqui irei postar meus contos, para vocês ficarem sempre por dentro do que escrevo, espero que gostem, caso queiram comentar fiquem a vontade e mais a vontade ainda para alguma crítica, pois sempre é construtiva.
Agora convido-os a entrarem em meu blog e ficarem a vontade, sintam a mordida e deixem-se levar nos braços dos meus queridos vampiros, a noite os aguarda e à espreita fico do alto observando a todos.