Asgard - A saga dos nove reinos

Asgard - A saga dos nove reinos

2011-03-18 19:10


Natasha a vampira...

Natasha a vampira...
à espreita, esperando os desavisados...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Gritos na escuridão

Quando os gritos começaram eles ficaram assustados, uns poucos pedestres pararam, outros seguiram em frente querendo sair logo daquele lugar, vez ou outra um carro quebrava naquela parte da estrada e sem soluções a pessoa tinha que esperar alguém passar por ali, mas naquela hora, William e Linda teriam que esperar, mesmo amedrontados ficaram dentro do carro, um conversível vermelho, receosos olhavam com os olhos arregalados para todos os cantos da estrada, o vento, a chuva fininha que teimava em encharcar aos poucos a rua escura, e a ribanceira bem do lado do carro, de repente um chiado e Linda tenta sair do carro, trêmula, mas William segura em seu braço.
- O que foi, ta maluca? Vai sair nesse lugar escuro e debaixo dessa chuva?-William abraçou-a tão forte que Linda pôde sentir seu coração que estava aos pulos.
- Você não ouviu Will, tem alguém lá fora, está nos espiando, eu sei, eu sinto.
- E mesmo com essa sensação você quer ir lá fora? Acalme-se.
- Acho que seria pior nos pegarem aqui dentro, aqui somos alvos fáceis.
- Vamos esperar só mais um pouquinho, de repente alguém passa por aqui.
- Duvido, já estamos aqui há duas horas e você viu pelo menos um animal? Aqui não tem nada, só o vento e essa chuva que está me dando nos nervos, vamos sair daqui, vamos correr até encontrar alguma residência, vamos procurar um telefone... Por favor!
- Não sei por que ainda te dou ouvidos, vamos então, mas se prepare para qualquer coisa, não sei onde estamos.
- Se não sabemos a culpa não é minha, eu te falei que não gostava de atalhos.
Os dois se entreolharam, nos olhos de William brilhava o arrependimento de não tê-la ouvido, mas agora era tarde, abriram a porta do carro, olharam para todos os lados, ninguém, só eles naquele lugar que mais parecia ter saído de um filme de terror com aquelas árvores secas balançando.
Começaram andando, depois de tão apavorados correndo, depois de alguns minutos avistaram uma casa, luz acesa, aquilo aliviou-os, correram até a casa e chamaram, bateram na porta, até que apareceu uma senhora.
- Boa-noite, nosso carro quebrou lá atrás e precisamos de um telefone, será que a senhora poderia nos ajudar?
A senhora nada falou, sorriu e deu-lhes passagem, ao passarem a porta se fechou e gritos ecoaram da cabana, gritos sufocantes.
- Sentem-se e fiquem à vontade, não gritem ninguém irá escutá-los.
- Temos que sair daqui Will, temos que sair daqui... - repetia Linda atordoada.
- Pensei que vocês não iriam sair daquele carro tão cedo, mas felizmente tenho o tempo que vocês não tem para esperá-los... A eternidade.
Pela casa tinha alguns objetos antigos e um caixão, também mais um casal estava num dos cantos da casa e não falavam nada, só fitavam o vazio, os rostos retorcidos apavoraram Linda e William que olhando para a senhora ficaram mudos ao vê-la tornando-se jovem, ali não existia mais uma velhinha com rostinho bondoso e sim uma jovem com um ar estranhamente cruel e sentada esperou que parassem de gritar.
- Bela estrada que me traz refeições cada vez mais saborosas, belo atalho que atrai cada vez mais desavisados. .. Sabia que tinha escolhido bem esse lugar...
A moça agora olhava para Linda e passando a língua nos lábios estendeu a mão e chamou-a, Linda que antes amedrontada, agora obedecia o comando da vampira e levantou-se andando em sua direção, nem os apelos de seu namorado a acordaram daquele transe, e a vampira sem cerimônia nenhuma banqueteou-se de seu sangue na presença de William que desesperado gritava para que soltasse sua amada... Após satisfazer-se a vampira jogou Linda de lado como uma carcaça, e sem contentar-se fez o mesmo com William, com seu chamado, o rapaz não teve como não obedecer e também foi ao encontro de seu algoz, mas para sua surpresa a vampira sussurrou em seu ouvido.
- Você... não quero para refeição, quero que aceite ficar ao meu lado, só não prometo a eternidade, mas prometo que será uma vida que você nunca iria ter se tivesse ao lado da sua namoradinha.
William não tinha escolha, baixou a cabeça e daquele dia em diante tornou-se escravo da vampira, obedecendo-a e como havia prometido, ele estava tendo uma vida como nenhuma outra, mas sempre se lembrava do casal jogado no canto naquela noite e sabia que um dia sua vez chegaria, só lhe restava aproveitar o que sua teimosia havia lhe presenteado.

Nat Vamp.
Beijos Eternos.

sábado, 17 de maio de 2008

Imprudência x Destino

Por quanto tempo ainda ficarei aqui? Ouço lá fora o barulho mortal e até o vôo de uma simples borboleta, mas... não consigo sair, não tenho mais forças, não posso mover um dedo sequer... por que dormi tanto?
(Um tempinho depois)... Maldição! Se eu ainda fosse inexperiente... mas não, em meus séculos pesa o tormento desta odiosa dádiva.
Bom... eu vim parar aqui para um descanso, e vim no intuito do descanso nunca terminar, porque estou tão preocupada? Apesar de saber que mesmo que eu fique aqui por mil anos nunca terei a morte completa, definitiva.. . mas, aceitei ficar neste túmulo que por ironia é o meu próprio, só não sabia que acordaria e ficaria ouvindo a tudo e todos... ora Scath, descanse e procure não pensar em nada, se seu destino for ficar neste cárcere subterrâneo.. . então acostume-se, mas se não for... espere... algo acontecerá e quem sabe você volta a perambular pelas ruas.
A vampira passou algum tempo divagando, mergulhada em dúvidas, o que mais pesava em seu corpo era a desistência, faltava-lhe força de vontade para ficar entre os vivos e não notou que a maior letargia estava em sua mente.
Num dado momento ela achou mesmo que pudesse abreviar mais um pouco sua não-vida, pois estava entrando em novo torpor e foi deixando-se levar na onda da sonolência quando algo inesperado aconteceu e trouxe-a de volta, acordou e agora sem quase forças, tudo que conseguiu fazer foi abrir lentamente os olhos.
Angustiada, pois já estava nesta situação já há alguns anos, começou a inquietar-se, foi quando ouviu o portão do cemitério ser aberto após romperem a corrente que o trancava. Ela sabia que era noite, não entendeu nada, pessoas vindo à um cemitério à noite?... e entendeu menos ainda quando constatou ser um casal, com algum esforço esboçou um sorriso malicioso ao perceber os níveis de excitação dos dois, não estava acreditando, aquela época trouxera para ela dois malucos ou coisa bem melhor.
O casal andou por entre os túmulos e Scath com uma leve sugestão na mente do rapaz fez com que eles parassem em seu túmulo. Não demorou muito e já estavam fazendo amor acima da vampira. Agora sim, ela estava apostando tudo o que tinha, se não conseguisse ir até o final, o torpor agora seria infinito, ou seja, não tinha nada a perder.
Scath continuou de leve na mente do rapaz envolvendo-o, perturbando- o... e no auge da transa ele numa das sugestões da vampira, pôs as mãos no pescoço da namorada. Scath aos poucos sussurrava nos sentidos de sua vítima a sua vontade, era tudo o que ainda podia fazer.
Devagar o rapaz foi apertando suas mãos em volta do pescoço da garota em meio ao calor de seus corpos frenéticos, no início ela gostou e depois quando notou que ele não iria parar ela começou a se apavorar... se debater em baixo dele, gritou seu nome várias vezes mas ele parecia não escutá-la, e com os olhos enfurecidos, ele continuou o que fazia aos comandos da vampira. Continuou apertando dominado por Scath, e começou a bater a cabeça da garota contra o mármore, em seu íntimo ele não queria fazer aquilo, sabia que era errado, mas não dominava sua vontade, e no final aos prantos estourou a cabeça da namorada no mármore branco, o sangue explodiu para todo lado e inclusive infiltrando no túmulo dando à vampira o poderoso néctar que ela tanto precisava... naquele momento ela até voltou a apreciar o sangue novamente... apreciou de tal forma que até parecia que estava prestes a saborear sua primeira vítima.
O sangue brotou nas laterais internas do túmulo e o cheiro ajudou-a a se mover um pouco em sua direção, que ao escorrer pela vampira ela aproveitou o que pôde, cada gota, e mesmo não estando de todo revigorada, afastou a tampa pesada colocando metade do corpo para fora comtemplando a noite e logo olhou para o rapaz que aterrorizado segurava o que havia sobrado da namorada, fitou-o secamente e ainda muito faminta.
Ele segurava o corpo ensanguentado, estava desesperado e emudeceu ao ver Scath sair de dentro da cova... entrou em estado de choque, não conseguiu sair do lugar, não queria largar a morta, não sabia o que fazer.
A vampira olhando-o começou a falar...
- Olá belo mortal... tsc, tsc, tsc, vocês foram tão ingênuos... achou que por aqui só tivesse mortos?... bom... de certa forma... sim, só tem mortos mesmo... mas... eu sou diferente.
Scath notou que no olhar do rapaz ele tinha todo o desespero e isso a excitou, chegou perto dele e arrebatou o corpo da garota jogando-o dentro de sua cova, ela se abaixou e cheirou sua presa, o aroma era de puro medo, ele estava aterrorizado. .. Scath abriu a boca mostrando seus caninos pontudos e logo atacou sua vítima, bebeu com força e muita vontade, drenou todo o sangue daquele que fora tão imprudente. Ao fim, arrancou sua cabeça e jogou as duas partes junto da mulher... não queria descuidar nem um pouco.
Finalmente Scath estava de volta e agora o que a esperava era um mundo deturpado e pervertido e isso era o que mais ela estava adorando... antes de ir contemplou o casal que pareciam dormir, logo fechou a tampa e ganhou o resto da madrugada.

Nat

sábado, 26 de janeiro de 2008

Vampiros existem?

A garota entrou na loja de bijuterias, a vendedora logo veio ao seu lado perguntando o que queria, Mel agradeceu e dirigiu-se a outro stand, ficou novamente olhando as novidades, a vendedora viu que demorava e voltou a importuná-la:
-Gostaria que eu te mostrasse algo? - perguntou toda solícita.
- Sim, vejo que não acho o que estou procurando. - respondeu Mel normalmente.
- O que seria?
- Eu gosto muito do estilo Vampírico... você não teria algo como morcegos, caveiras, vampiros, cruzes?
- Cruzes invertidas você quer dizer? - continuou curiosa a atendente.
- Não, não, cruzes normais, com arabescos, com enfeites, tipo ouro velho ou mesmo tipo prata.
- Não, infelizmente não é o tipo de bijou que temos disponível... e também, isso é meio bobo, não é? - soltou a vendedora.
- Bobo? Por quê? - perguntou Mel curiosa.
- Ah! Essas coisas... será que existem? ou será só invenção?
- Você crê que Deus exista? - instigou a garota.
- Claro que sim. - rebateu a vendedora.
- E você precisa vê-lo? ou mesmo o vê?
- Claro que não... - Preciso dizer mais alguma coisa?
Ao terminar de falar, a vendedora se arrepiou dos pés a cabeça com o jeito com que Mel lhe falara... a mulher teve medo ao fitar os olhos da menina que aparentava ter somente uns 17 anos, mas que parecia ter muito conhecimento pelo jeito que dizia as coisas e ainda não satisfeita a vendedora continuou...
- Se os vampiros existem mesmo... ele são normais... ou eles tem mau-cheiro como dizem alguns... como seriam eles?
- Como você acredita que eles sejam? - a menina debruçou no balcão e olhou demoradamente a mulher.
- Ai, do jeito que você fala até parece que você é uma vampira... ... ... é? - o medo estava começando a aflorar e a vendedora tentou disfarçar.
De repente as portas baixaram, uma névoa bem espessa ficou passando rente ao chão, a garota de costas para a vendedora começou a rir e foi dizendo suavemente.. .
- Não posso mais dizer a você "cuidado com o que deseja" ou coisas do tipo, mas digo, " hoje é sua noite de sorte" e sem mais explicações você saberá tudo que quer, pena que não irá durar por muito tempo...
Mal terminou de falar, a mulher viu-se rendida, nem viu quando a garota tinha chegado até ela, só viu quando já sentia seu hálito...
- Por quem gostaria de ser mordida? - perguntou Mel acariciando a face de sua presa.
Mel instigou a vendedora que nem sabia mais onde estava, pois estava totalmente entregue aos domínios de sua ilusão... a vampira fechou os olhos e logo uma figura veio-lhe à mente, e a vendedora teve a noite mais feliz de sua vida, pois mesmo que momentaneamente ela teve a chance de estar nos braços do seu amado novamente.
Blood kisses.
Nat Vamp.